7.12.12

O humor



O humor tem sua origem na infância.
O que vira brincadeira na vida do adulto é a capacidade de manter a imaginação criadora da nossa criança interna.
Se algo não der certo na infância, é possível que nossa capacidade de brincar esteja comprometida a a violências e abusos. 


Uma pessoa traumatizada tem o senso de humor desajustado e ferido.

O humor negro trás "graça" na "desgraça’".
Por isso, em nossa existência, as situações podem ser consideradas trágicas e também cômicas, porque inclui a morte na vida, sem deixar de celebrar a vida.
O humor negro tem uma pitada requintada de agressividade.
O ataque fica bem elaborado, preservando o bem viver.
Se é humor bom, faz bem.
É preciso diferenciar o bom humor de emoções parecidas com o bom humor.
Ironia e deboche fazem parte do riso, que é cínico.
Na ironia e no deboche, rimos do outro por acreditar que somos superiores e que sabemos mais. No cinismo, o riso é desgostoso, porque é o riso de quem perdeu o sabor da vida. Essas formas humorísticas são inadequadas porque servem à ignorância, no sentido da falta de saber sobre a vida.



Para Freud, o senso de humor é o principal sinal de um psiquismo sadio. 
Ele o considerava a forma privilegiada pela qual adultos mantêm a capacidade de brincar.
Brincar para evitar o massacre de imposições da vida em uma sociedade causadora de mal estar.


No processo de cura, o humor é um instrumento valioso.
Serve para diminuir os ideais de perfeição e de onipotência que tendemos a desejar e dar para nós mesmos sem proceder.


Aprendemos a brincar quando crianças.
Somos bem humorados se mantivermos a criança interna desperta.