Winnicott em sua obra nomeia o cobertorzinho de
"objeto transicional".
Usamos de “poderes mágicos” na nossa
relação com o cobertorzinho, por um bom tempo, até
que conseguimos perceber a nossa ilusão e aceitar a realidade. Essa realidade sobre a qual não temos
controle e que não podemos modificar por meio da imaginação.
Essa mágica permanece enquanto
existir a nossa dificuldade de lidar com o real: “ficar longe de quem
cuida de nós.”
Mas, com as brincadeiras e o
aprendizado do mundo, vamos crescendo, adolescendo, nos tornando adultos e retendo o
poder de criar e adaptar-se às possibilidades
do mundo da
realidade.
A fantasia é realmente a marca do
humano.
Temos esta ferramenta ao nosso alcance.
A fantasia deve surgir. A mágica e o sonho devem permanecer para podermos concretizar
no plano físico nossas construções mentais.
Segundo Winnicott, nossa família e a
escola têm o dever de nos ajudar a completar essa transição da dependência para a
autonomia de modo mais agradável possível, respeitando nosso direito de
devanear, imaginar e brincar...permitindo a nossa expressão.